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Estiveram presentes no lançamento do livro o presidente do Tribunal de
Contas do Estado (TCE/RN), Carlos Thompson e os conselheiros Tarcísio Costa,
Paulo Roberto Chaves Alves, Adélia Sales, Poti Júnior e Gilberto Jales, além do
secretário estadual de Obras e Infraestrutura, Jader Torres, representando o
governador Robinson Faria, o deputado estadual Carlos Augusto Maia,
representando o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira
e o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil, Arnaldo Gaspar.
Durante a palestra, o ministro Augusto Nardes explicou alguns aspectos
registrados no livro, que analisa casos concretos avaliados pelos órgãos de
controle externo do Brasil, e mostrou o nível de governança alcançado em várias
áreas, como segurança pública, meio ambiente, tecnologia da informação, entre
outros. Para Nardes, é preciso profissionalizar a gestão pública no Brasil.
“Estes são aspectos que precisam mudar para profissionalizar o Brasil”, disse.
Um dos frutos do trabalho desenvolvido pelo Tribunal de Contas da União,
dentro do assunto levantado pelo livro, é o Levantamento Nacional de
Governança, que definiu aspectos positivos e negativos da governança no Brasil.
Foram coletadas informações junto a 380 organizações da administração pública
federal, 893 organizações públicas estaduais e 6.497 organizações municipais.
Os resultados obtidos revelaram, de forma geral, baixa capacidade em
praticamente todos os controles e práticas sugeridos nos modelos de
autoavaliação de governança pública.
A profissionalização é necessária principalmente em momentos de crise,
como o qual atravessa o Brasil atualmente. O ministro, que foi o responsável,
como relator, por indicar a rejeição das contas da presidente Dilma Rousseff em
2014, traçou um perfil do atual momento. “A previdência é hoje o grande gargalo
dos estados e da União. O investimento do país caiu. Há demissões em todo o
Brasil e ao mesmo tempo sempre temos investido menos do que há disponibilidade
de recursos. Isso porque o Brasil gasta mal.”, disse.
Augusto Nardes alertou para os perigoso de se continuar com uma gestão
“amadora” no Brasil e usou o exemplo do Rio Grande do Sul, onde o Estado não
consegue pagar os salários dos seus servidores. “A bicicleta no Rio Grande do
Sul quebrou e não tem como dar mais pedaladas. Temos mais 10 estados no Brasil
em situação parecida”, disse, fazendo referência ao termo “pedaladas fiscais”
que ganhou notoriedade com o parecer pela desaprovação das contas do Governo
Federal.